Confira nesta postagem excelentes Atividades de Interpretação de Texto Dia do Livro, prontas para imprimir e aplicar em sala de aula ou como tarefa para casa. São maravilhosos recursos para trabalhar leitura e compreensão do texto com alunos das series iniciais.
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Atividades de Interpretação de Texto Dia do Livro: Emília, a Boneca-Gente
1- LEIA COM ATENÇÃO O TEXTO ABAIXO E EM SEGUIDA RESPONDA.
Emília, a Boneca-Gente
DE UMA CAIXA DE COSTURA
PANO,LINHA E AGULHA
NASCEU UMA MENINA VALENTE
EMÍLIA,A BONECA-GENTE
NOS PRIMEIROS MOMENTOS DE VIDA
ERA TODA DESENGONÇADA
FICAR EM PÉ NÃO PODIA,CAÍA
NÃO CONSEGUIA NADA…
EMÍLIA,EMÍLIA,EMÍLIA
EMÍLIA,EMÍLIA,EMÍLIA
MAS A PARTIR DO MOMENTO
QUE APRENDEU A ANDAR
EMÍLIA TOMOU UMA PÍLULA
E TAGARELOU,TAGARELOU A FALAR
TAGARELOU,TAGARELOU A FALAR
ELA É FEITA DE PANO
MAS PENSA COMO UM SER HUMANO
ESPERTA E ATREVIDA
É UMA MARAVILHA
EMÍLIA,EMÍLIA
EMÍLIA,EMÍLIA,EMÍLIA
EMÍLIA,EMÍLIA,EMÍLIA
Responda:
- QUAIS MATERIAIS FORAM UTILIZADOS PARA FAZER A BONECA EMÍLIA?
- A PARTIR DE QUE MOMENTO A BONECA EMÍLIA COMEÇOU A FALAR?
- O TEXTO DIZ QUE EMILIA É…
( ) NÃO SABE NADA DA VIDA.
( ) ALEGRE E EXTROVERTIDA.
( ) ESPERTA E ATREVIDA
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O Pequeno Príncipe
[…]
– Bom dia – disse a raposa.
– Bom dia – respondeu polidamente o principezinho, que se voltou, mas não viu nada.
– Eu estou aqui – disse a voz -, debaixo da macieira…
– Quem és tu? – perguntou o principezinho. – Tu és bem bonita…
– Sou uma raposa – disse a raposa.
– Vem brincar comigo – propôs o principezinho. – Estou tão triste…
– Eu não posso brincar contigo – disse a raposa. – Não me cativaram ainda.
– Ah! desculpa – disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
– Que quer dizer “cativar”?
– Tu não és daqui – disse a raposa. – Que procuras?
– Procuro os homens – disse o principezinho. – Que quer dizer “cativar”?
– Os homens – disse a raposa – têm fuzis e caçam. É bem incômodo! Criam galinhas também. É a única coisa interessante que eles fazem. Tu procuras galinhas?
– Não – disse o principezinho. – Eu procuro amigos. Que quer dizer “cativar”?
– É uma coisa muito esquecida – disse a raposa. – Significa “criar laços”…
– Criar laços?
– Exatamente – disse a raposa. – Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim.
Não passo, a teus olhos, de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo.
– Começo a compreender – disse o principezinho. – Existe uma flor… eu creio que ela me cativou .
– É possível – disse a raposa. – Vê-se tanta coisa na Terra…
– Oh! não foi na Terra – disse o principezinho.
A raposa pareceu intrigada:
– Num outro planeta?
– Sim.
– Há caçadores nesse planeta?
-Não.
– Que bom! E galinhas?
– Também não.
– Nada é perfeito – suspirou a raposa.
Mas a raposa voltou à sua ideia.
– Minha vida é monótona. Eu caço as galinhas e os homens me caçam. Todas as galinhas se parecem e todos os homens se parecem também. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se me cativares, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei um barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros passos me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora da toca, como se fosse música. E depois, olha! Vês, lá longe, os campos de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelos cor de ouro. Então será maravilhoso quando me tiveres cativado. O trigo, que é dourado, fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento no trigo…
A raposa calou-se e considerou por muito tempo o príncipe:
– Por favor… cativa-me! – disse ela.
– Bem quisera – disse o principezinho -, mas eu não tenho muito tempo. Tenho amigos a descobrir e muitas coisas a conhecer.
– A gente só conhece bem as coisas que cativou – disse a raposa. – Os homens não têm mais tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres um amigo, cativa-me!
– Que é preciso fazer? – perguntou o principezinho.
– É preciso ser paciente – respondeu a raposa. – Tu te sentarás primeiro um pouco longe de mim, assim, na relva. Eu te olharei com o canto do olho e tu não dirás nada. A linguagem é uma fonte de mal-entendidos. Mas, a cada dia, te sentarás mais perto…
No dia seguinte o principezinho voltou.
– Teria sido melhor voltares à mesma hora – disse a raposa.
– Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade! Mas, se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração… É preciso ritos.
– Que é um rito? – perguntou o principezinho.
– É uma coisa muito esquecida também – disse a raposa. – É o que faz com que um dia seja diferente dos outros dias; uma hora, das outras horas. Os meus caçadores, por exemplo, possuem um rito. Dançam na quinta-feira com as moças da aldeia. A quinta-feira então é o dia maravilhoso! Vou passear até a vinha. Se os caçadores dançassem qualquer dia, os dias seriam todos iguais, e eu não teria férias!
Assim o principezinho cativou a raposa. […]
SAINT-EXUPÉRY, Antonie de. O pequeno príncipe. Tradução de Dom Marcos Barbosa. 41. ed. Rio de Janeiro: Agir, 1994
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