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Região Nordeste

A região Nordeste é formada pelos seguintes estados:

Estado Capital
Maranhão (MA) São Luís
Piauí (PI) Teresina
Ceará (CE) Fortaleza
Rio Grande do Norte (RN) Natal
Paraíba (PB) João Pessoa
Pernambuco (PE) Recife
Alagoas (AL) Maceió
Sergipe (SE) Aracaju
Bahia (BA) Salvador

Segundo os dados do IBGE, o Nordeste é a segunda região mais populosa do Brasil, ficando atrás somente da região Sudeste. Ao estudarmos esta região do Brasil somos levados a inúmeros equívocos, devido a informações disparadas a partir de senso comum ou meias verdades transmitidas pela mídia. Para melhor compreendermos o Nordeste estudaremos os seguintes aspectos:

Mapa Região Nordeste

 

Sub-regiões do Nordeste

As informações referentes ao desenvolvimento econômico das sub-regiões nordestinas estão pautadas no artigo de Mueller.

Há quatro sub-regiões no Nordeste, a Zona da mata, que ocupa a faixa litorânea que se estende da Bahia até o Rio Grande do Norte, é onde a maior parte das grandes cidades nordestinas e da população do Nordeste estão concentrados. No que se refere a economia, esta sub-região possui desenvolvimento do setor industrial (principalmente no Recôncavo Baiano), comercial e de prestação de serviço e se destaca na produção canavieira. Ou seja, é uma sub-região de grande importância econômica para o Brasil.

A segunda sub-região é o Agreste, que consiste em mais uma faixa estreita de terra, que se estende da Bahia até Rio Grande do Norte, localiza-se entre a Zona da Mata e o Sertão. Seu desenvolvimento econômico está pautado na agropecuária.

A sub-região Sertão, detém latifúndios destinados a pecuária extensiva, que visa o corte da carne, além disso conta com a produção de alimentos.

Por fim, a sub-região Meio- Norte, que consiste na transição entre o Sertão e a Amazônia, ocorre apenas no estado do Maranhão e em uma parte do Piauí, nesta área o desenvolvimento econômico está pautado na agropecuária e na extração de minérios (através do Programa Grande Carajás).

Mapa Sub-regiões do Nordeste
  1. Meio-Norte
  2. Sertão
  3. Agreste
  4. Zona da Mata

Clima

A literatura pode trazer diferentes regionalizações sob o critério climático da região Nordeste, nos pautaremos na classificação de José Bueno Conti, que afirma existir, com base nos seus estudos, três climas no Nordeste, o equatorial úmido, tropical e semiárido.

O Instituto Nacional do Semiárido (INSA), afirma que o clima semiárido não pode ser visto de forma uniforme, pois ele pode ter seis meses de estiagem (que é o caso da maior parte do semiárido nordestino), de sete a oito meses de estiagem (que ocorre em partes dos estados do CE, PA, RN, PE, SE e BA), de nove a dez meses de estiagem (ocorre em parte dos estados PB, PE, BA e RN) e o seminário com até onze meses de estiagem (que ocorre em parte dos estados  PB e BA). Mas as características gerais deste clima de parte da região Nordeste são chuvas irregulares, com baixo índice pluviométrico e temperatura elevada.

O clima tropical ocupa a maior parte do território da região Nordeste, da faixa litorânea e outras partes de todos os estados do Nordeste. É possível verificar duas estações bem definidas, o verão chuvoso e inverno seco, ressaltamos que a região litorânea apresenta índice pluviométrico maior que os demais locais do Nordeste que possui o clima tropical.

O clima equatorial úmido ocorre em uma pequena parte do estado do MA, é semelhante ao clima amazônico, possui elevado índice de chuva e temperatura elevada.

Veja também: Mar Vermelho

Relevo

Assim como os demais aspectos do Nordeste, o relevo também se apresenta de forma variada. As principais formas de relevo são:

-Planaltos: são áreas que apresentam o desgaste das rochas superior a deposição de sedimentos, os principais planaltos são o Planalto de Borborema (de forma arredondada, devido a erosão e com altitudes médias de 800 metros), Planaltos e chapadas da Bacia do Parnaíba (é divisor de águas entre as regiões hidrográficas do Tocantins- Araguaia e São Francisco) e Planaltos e serras do Atlântico Leste-Sudeste (divisor de águas entre o Rio São Francisco e oceano Atlântico).

– Planícies: são locais em que ocorre a predominância da deposição de sedimentos, a área de planície do Nordeste se estende em todo litoral, do Maranhão até a Bahia, é denominada Planície do litoral nordestino.

Depressão: são áreas mais baixas que a circunvizinhança, pois sofreram mais erosão. No Nordeste existe a Depressão do Tocantins, a Depressão Sertaneja e do Rio São Francisco.

Vegetação

Os diferentes climas, solos e relevos existentes na região Nordeste tem como consequência uma grande diversidade na formação vegetal. As principais vegetações são:

– Vegetação litorânea: de acordo com o Ministério do Meio Ambiente esta vegetação composta pelo mangue, vegetação típica na área de transição do ecossistema marinho e terrestre, ou seja, surge em locais onde a água salgada do oceano invade a foz de rios de água doce. Nestas águas com elevado teor salino (se comparado as águas dos rios) se adapta a vegetação mangue. Também faz parte da vegetação litorânea as restingas (compostas por arbustos e trepadeira que surgem em solos arenosos)

-Cerrado: Vegetação composta por arbustos e árvores retorcidos, devido a acidez do solo, surgem em locais com o clima tropical, que possui o verão chuvoso e o inverno seco.

-Caatinga: Esta vegetação surge no Sertão, seu nome significa “mata branca”, é composta por plantas xerófitas, que conseguem sobreviver em locais secos, são tortuosas, possuem casca grossa (para evitar a evapotranspiração), além de possuir espinhos.

-Mata dos cocais: Vegetação que surgiu na transição entre a vegetação do Sertão (caatinga) e a vegetação úmida da Amazônia, é basicamente formada por palmeiras.

-Floresta equatorial: Vegetação presente em uma pequena área do Maranhão, composta por árvores de grande porte, próximas umas das outras e com elevada umidade.

-Floreta tropical: Vegetação da Mata Atlântica, presente na faixa litorânea, são árvores de alto porte, densa e com elevada umidade. Porém, esta vegetação começou a ser desmatada desde o período colonial do Brasil, atualmente, resta uma pequena porção desta vegetação.

Referência bibliográfica

MUELLER, Charles C. Organização e Ordenamento do Espaço Regional Nordestino. Disponível em <http://www.ipea.gov.br/ppp/index.php/PPP/article/viewFile/134/136> Acesso em 09 de Set de 2019.

INSTITUTO NACIONAL DO SEMIÁRDIO. O semiárido brasileiro: Riqueza, diversidades e saberes. Coleção: (Re)Conhecendo o Semiárido, n° 01, 2014. Disponível em<https://portal.insa.gov.br/images/acervo-cartilhas/O%20Semi%C3%A1rido%20brasileiro%20riquezas%20diversidades%20e%20saberes.pdf> Acesso em 09 de Set de 2019.

MINSTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Manguezais. Disponível em <https://www.mma.gov.br/biodiversidade/biodiversidade-aquatica/zona-costeira-e-marinha/manguezais> Acesso em 09 de Set de 2019.