Uma palavra que costumamos ouvir com certa frequência — e que, no entanto, não tem seu conceito claramente entendido pela grande massa — é “empatia”.
O que esse termo significa, realmente?
Ele designa um estado da psiquê humana responsável por interpretar, por meio do referencial individual de outros, como estes se sentem emocionalmente e/ou cognitivamente. Uma forma simples e de fácil entendimento de referenciar a palavra seria dizer que esta significa, basicamente: se colocar no lugar do outro.
Um exemplo de estado de empatia seria quando, por exemplo, um indivíduo é capaz de sentir as dores ou prazeres de outros apenas ao observar determinados eventos; é um estado que reflete a identificação para com seu próximo, ou seja, tem relação com a própria experiência do observador.
A empatia não acontece só entre seres pertencentes à mesma espécie. Sendo assim, é possível entrar no estado de entendimento empático em relação a outros animais. É importante ter em mente que a empatia não é uma emoção, mas sim a capacidade de interpretá-las e reproduzi-las.
Pessoas empáticas
Pessoas que entram com relativa facilidade no estado de empatia são classificadas como pessoas empáticas. Elas têm como característica a facilidade em fornecer parte do seu tempo e atenção a outros e o esforço em compreender seus problemas, sentimentos e dificuldades.
Muitas vezes, a entrada no estado de empatia por parte dessas pessoas é algo intuitivo (uma tomada de decisão realizada de modo tão rápido pelo cérebro que o consciente não tem noção dos processos envolvidos para se chegar até esta).
Algumas das características observáveis neste tipo de pessoas são:
- Frequentemente são taxadas como “muito emotivas” ou “sensíveis”;
- Quando um de seus amigos ou colegas passa por um momento de dificuldade, estes partilham de sua dor;
- Ao passarem um tempo demasiado em meio a multidões, começam a sentir-se estafadas.
Papel na psicologia
Em relação à psicologia, a empatia tem um papel de extrema importância na relação entre pacientes e seus terapeutas. Um bom trabalho por parte do psicólogo só é garantido quando este consegue desenvolver, de modo funcional, empatia para com seus pacientes.
É importante esse desenvolvimento para que o terapeuta consiga perceber, claramente, quais as inseguranças, receios e adversidades que cercam a vida de seus pacientes. Isso tudo acaba facilitando, e muito, os processos terapêuticos.
Tipos de empatia
Apesar de haver uma definição padrão para o termo, este ainda é alvo de más interpretações. Isso ocorre por que a empatia pode ser dividida em diferentes tipos, sendo que cada um deles representa uma forma desse estado se manifestar nos indivíduos.
Confira quais são esses tipos logo abaixo.
Empatia cognitiva
Esta classificação se refere à capacidade que alguém tem de entender como outras pessoas se sentem e no que elas podem estar pensando. Este tipo de empatia ajuda a melhor a comunicação entre os indivíduos, porque auxilia no processo de assimilação de informações.
O desenvolvimento deste tipo de empatia se dá por meio de estudos e análises comportamentais. Há grande incidência de más interpretações no tocante à linguagem corporal e às expressões faciais humanas (um sorriso, por exemplo, pode significar tanto alegria quanto nervosismo).
Sendo assim, ao se iniciar uma interação com outros indivíduos, a empatia cognitiva ajudará na interpretação de sentimentos, comportamento e linha de raciocínio adotadas pela outra pessoa. Meios para garantir seu pleno funcionamento seriam: reunir as informações relevantes sobre o outro e se dispor a aprender mais sobre este.
É sempre importante atentar-se a todo tipo de feedback fornecido por meio da linguagem — seja ela escrita, verbal ou corporal
Empatia emocional
Também conhecida como “empatia afetiva”, esse tipo diz respeito à habilidade de partilhar dos sentimentos de outrem. É o clássico “sentir as dores do outro”. Esse tipo de empatia ajuda na construção de laços afetivos.
A construção da empatia emocional envolve o compartilhamento dos sentimentos da outra pessoa, gerando conexões mais profundas com a mesma.
A capacidade do indivíduo de interpretar informações sem julgamentos, colocando-se sob a perspectiva do outro e entendendo como e por qual motivo este se sente, são manifestações do desenvolvimento da empatia emocional.
Empatia compassiva
Este acaba sendo um tipo que detém certa complexidade, uma vez que envolve não apenas emoções e sentimentos, mas sim ações: ajudar os outros de modo direto e prático.
A manifestação desta classificação é exercida por meio de ações diretas, e geralmente se inicia por meio de perguntas como:
- O que pode ajudar os indivíduos que se encontram nessa situação?
- Se eu estivesse em tal posição, o que me ajudaria?
Essa manifestação permite o compartilhamento de experiências e a oferta de sugestões sobre o contexto.
Conclusão
A empatia é um estado no qual os seres humanos se encontram quando se deparam com determinadas situações envolvendo a interação entre dois ou mais indivíduos. Ela pode ser dividida em tipos, ou categorias, que dizem respeitos à forma como esta se manifesta em diferentes cenários e como ela pode ser trabalhada. Não apenas os aspectos sociais beneficiam-se deste tipo de interação, mas também os clínicos, como é o caso da relação entre terapeutas e pacientes.
Acompanhe outras postagens do nosso site clicando aqui.