Trabalhar com Texto infantil é um excelente recurso dentre e fora da sala de aula, tornando mais fácil o processo de alfabetização inicial (Leitura e Escrita). E nesta postagem reunimos diversas sugestões de textos infantis para copiar e imprimir.
“O desenvolvimento de interesses e hábitos permanentes de leitura é um processo constante, que principia no lar, aperfeiçoa-se sistematicamente na escola e continua pela vida afora.” Bamberger.
Fundamental na formação do indivíduo, o hábito da leitura na infância ajuda a despertar na criança o senso crítico, além de auxiliar o aprendizado. A leitura de textos de literatura infantil, mesmo para crianças ainda não alfabetizadas, é um caminho que leva a criança a desenvolver a imaginação, emoções e sentimentos de forma prazerosa e significativa.
A família e os professores têm papel substancial para auxiliar os infantes a desenvolver o gosto pela literatura. E pensando nisso e também em maneiras de facilitar para vocês, nós do Educação e Transformação, selecionamos esses Textos infantis para leitura.
Recomendamos também essa outra postagem com Textos para leitura.
Texto infantil
Há sempre um livro aberto ao acaso, onde no fundo de uma frase nos encontramos de repente, como num espelho…
E é só por isso que marcamos páginas, para podermos voltar facilmente
ao espelho quando nos perdemos de nós.
Ana Paula Mateus
Floco de neve
Um floco de neve
perdido no tempo
de uma infância longínqua
perpassa nos ares.Em voz de silêncio
à Terra conduz
daquele Menino
que nasceu num mundo
pesado de chumbo
onde o nada reluz.
As estrelas do Mar
Uma manhã de inverno, um homem que saía para passear cada dia pela praia se surpreendeu ao ver milhares de estrelas do mar sobre a areia. Praticamente estava toda a orla coberta.
Ele se entristeceu ao observar o grande desastre, pois sabia que essas estrelas apenas podiam viver uns minutos fora d’água. Resignado, começou a caminhar com cuidado para não pisá-las, pensando no fugaz que é a vida, no rápido que pode acabar tudo.
Aos poucos minutos, distinguiu ao longe uma pequena figura que se movia velozmente entre a areia e a água. Em um princípio pensou que podia se tratar de algum pequeno animal. No entanto, ao aproximar-se, descobriu que, na realidade, era uma menina que não parava de correr de um lado para outro: da areia para a beira do mar, da beira do mar para a areia.
O homem decidiu se aproximar um pouco mais para investigar o que ocorria:
– Hola! – cumprimentou.
– Hola! – respondeu-lhe a menina.
– O que você faz correndo daqui pra lá? – perguntou-lhe com curiosidade.
A menina se deteve durante uns instantes, inspirou e o mirou nos olhos.
Miragem
Na fantasia colorida
musical
das festas de Natal,
a noite cresce
sobre o Menino
envolto em panos.
Quem O recorda
benigno
se a estridência das vozes
Lhe apaga a mensagem
de ternura
e candura
que quis partilhar?
O macaco e o hipopótamo
Em uma época muito antiga, quando as bananeiras produziam poucas bananas, existiam numerosos macacos.
Havia um deles chamado Travesso, que morava nas margens do rio.
O macaco Travesso possuía um grupo de bananeiras que lhe proporcionavam frutos suficientes para a sua alimentação, o que lhe trazia satisfação e orgulho porque os seus frutos eram os mais saborosos da região.
No rio habitava o hipopótamo Ra-Ra, que era o rei daquelas paragens.
A corpulência desse animal era notável e tão grande a sua boca, que podia tragar seis macacos de uma só vez. Além disso, gostava imensamente de bananas e, especialmente as da propriedade de Travesso.
Ra-Ra resolveu roubar-lhe as bananas, apesar de não ser um ato muito bonito para um rei. Ordenou então a todos os papagaios que as trouxessem para a sua residência.
Entretanto, o macaco não arredava pé do seu grupo de bananeiras, a fim de impedir que desaparecessem os seus preciosos frutos.
Os papagaios logo encontraram este obstáculo sério e recorreram à astúcia para cumprir as ordens do rei. Após uma conferência de várias horas estudando diversas soluções para resolver eficientemente o problema do roubo, concordaram em dizer ao macaco que seu irmão estava muito doente e desejava vê-lo.
Quando Travesso recebeu a notícia, bom irmão que era, foi depressa procurar seu irmão doente. Verificou logo que aquilo não era verdade. Seu irmão estava gozando de boa saúde e, suspeitando imediatamente do que se tratava, voltou a toda pressa para perto de suas bananeiras.
Uma surpresa dolorosa o aguardava. Não ficara nem uma banana para semente. Enquanto lamentava sua perda aproximou–se um papagaio, dizendo-lhe:
— Oh!,irmão Travesso! Sabes que Ra-Ra, o hipopótamo, nos obrigou a roubar-te as bananas e depois não nos quis dar uma só!
— Ah! É assim? Então espera… Irei à casa de Ra-Ra e tirar-lhe-ei as minhas bananas! — exclamou o macaco.
A serpente, que é um animal invejoso, cheio de defeitos, dos quais o pior é o espírito de intriga, passou por ali por acaso quando o macaco falava e, ato contínuo, foi contar tudo ao hipopótamo.
— Está bem! — disse Ra-Ra. — Em tal caso ordeno ao Travesso que compareça aqui quanto antes.
A Serpente voltou ao lugar em que vivia Travesso e lhe deu a ordem de Ra-Ra, de modo que o macaco se pôs a tremer, pois, não era tão valente como as suas palavras pareciam revelar.
Era preciso obedecer e quando se dispunha a fazer a desagradável visita ao hipopótamo, ocorreu-lhe uma idéia. Preparou com o maior cuidado uma boa quantidade de visgo, a cola que usava para caçar passarinhos, e untou-se com ele muito bem. Feito isto encaminhou-se para a casa de Ra-Ra, à margem do rio.
As Cassas
Há sempre um deus fantástico nas casas
Em que eu vivo. E em volta dos meus passos
Eu sinto os grandes anjos cujas asas
Contêm todo o vento dos espaços.
Sophia de Mello Breyner Andresen
O Unicórnio Transparente
Por Betha Mendonça
Montada num unicórnio transparente com asas prateadas, Antônia viajou seguindo os rastros do luar sobre o Deserto de Laranja ao Por do Sol. A monotonia das dunas sopradas pelos ventos lembrava ondas de laranjada a rebentar nos rochedos caramelados. Elas modificavam a paisagem todo instante, o que dificultava encontrar a Lagoa de Suco de Morango, no Oásis dos Sonhos, suspensas sobre as nuvens de chantilly.
O unicórnio já cansado era alimentado hora a hora com algodão-doce lilás, mas se não chegassem logo ao destino, o ser encantado morreria de fome. A cada ruflar de asas o pobrezinho parecia mais sem forças para continuar até que surgiu no meio do nada uma plantação de pés de algodão-doce de várias cores.
Antônia apeou o unicórnio próximo aquela área e quando ia pegar um bom estoque de algodão lilás apareceu um grande corcel negro alado que era o dono daquele local e disse:
– Pare sua ladra!Tudo aqui me pertence e nada sai sem minha permissão!
– Desculpe senhor Corcel!Não sabia que esse algodoal tinha dono. Meu unicórnio está faminto e cansado. Se não for alimentado com algodão-doce lilás morrerá…
– E eu com isso? Retrucou o outro com voz de trovão. Fora já daqui! Ou eu mesmo sopro fogo e mato os dois!
– Mas… Mas… Senhor!… Balbuciou a menina, que recebeu como resposta um fogaréu saindo da boca do cavalo alado…
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Texto infantil para imprimir
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- Gato escondido
- O caroço
- O gato xadrez
- O menino que tinha medo de tudo
- O pastor e o lobo
- O sapo
- O soluço
- R de Receita
- Salada de Fruta
Tico-Tico
- Lá vem o trem.
- A bola
- A cigarra e a formiga
- A foca
Texto infantil – Cantigas de Roda
PIRULITO
PIRULITO QUE BATE, BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUEM GOSTA DE MIM É ELA
QUEM GOSTA DELA SOU EU.
ORA PALMA, PALMA, PALMA
ORA PÉ, PÉ, PÉ
ORA RODA, RODA, RODA
CARANGUEJO PEIXE É.
PIRULITO QUE BATE, BATE
PIRULITO QUE JÁ BATEU
QUE IMPORTA A VOCÊ QUE EU BATA
SE EU BATO NO QUE É MEU.
A CANOA VIROU
A CANOA VIROU
POIS DEIXARAM VIRAR
FOI POR CAUSA DE [FULANA]
QUE NÃO SOUBE REMAR.
SE EU FOSSE UM PEIXINHO
E SOUBESSE NADAR
EU TIRAVA [FULANA]
DO FUNDO DO MAR.
AIRI PRA CÁ
AIRI PRA LÁ
[FULANA] É BELA
E QUER CASAR.
SAMBA LÊ LÊ
SAMBA LÊ LÊ ESTÁ DOENTE
ESTÁ COM A CABEÇA QUEBRADA
SAMBA LÊ LÊ PRECISAVA
DE UMAS BOAS LAMBADAS.
SAMBA, SAMBA, SAMBA LÊ, LÊ
PISA NA BARRA DA SAIA LÁ, LÁ
OH! MORENA BONITA
ONDE É QUE VOCÊ MORA
MORO NA RUA DA PRAIA
DIGO ADEUS E VOU EMBORA.
SAMBA, SAMBA, SAMBA LÊ, LÊ
PISA NA BARRA DA SAIA LÁ, LÁ
CIRANDINHA
CIRANDA, CIRANDINHA,
VAMOS TODOS CIRANDAR,
VAMOS DAR A MEIA VOLTA,
VOLTA E MEIA VAMOS DAR.
O ANEL QUE TU ME DESTE,
ERA VIDRO E SE QUEBROU,
O AMOR QUE TU ME TINHAS,
ERA POUCO E SE ACABOU.
POR ISSO MENINA AGORA
ENTRE DENTRO DESSA RODA,
DIGA UM VERSO BEM BONITO,
DIGA ADEUS E VÁ EMBORA.
MARCHA SOLDADO
MARCHA SOLDADO
CABEÇA DE PAPEL!
QUEM NÃO MARCHAR DIREITO
VAI PRESO PRO QUARTEL.
MARCHA SOLDADO
CABEÇA DE PAPELÃO
SE NÃO MARCHAR DIREITO
CAI NA PONTA DO FACÃO.
Texto infantil – Parlendas
O MACACO FOI À FEIRA
O MACACO FOI À FEIRA
NÃO SABIA O QUE COMPRAR
COMPROU UMA CADEIRA
PARA A COMADRE SE SENTAR
A COMADRE SE SENTOU
A CADEIRA ESBORRACHOU
COITADA DA COMADRE
FOI PARAR NO CORREDOR.
CHICOTINHO QUEIMADO
VALE DOIS CRUZADOS
QUEM OLHAR PRA TRÁS
LEVA CHICOTADA.
CABRA CEGA DE ONDE VEIO?
VIM DO PANDÓ
QUE TROUXESTE PRA MIM?
PÃO-DE-LÓ
ME DÊ UM PEDACINHO?
NÃO DÁ PRA MIM
QUANTO MAIS PRA TUA AVÓ.
HOJE É DOMINGO
HOJE É DOMINGO
PÉ DE CACHIMBO
CACHIMBO É DE BARRO
DÁ NO JARRO
O JARRO É FINO
DÁ NO SINO
O SINO É DE OURO
DÁ NO TOURO
O TOURO É VALENTE
DÁ NA GENTE
A GENTE É FRACO
CAI NO BURACO
O BURACO É FUNDO
ACABOU-SE O MUNDO.